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Treinamento cognitivo e a memória do idoso

 

Com o passar dos anos, o tecido neural vai perdendo a função cognitiva, como memória, capacidade de abstração e grau de atenção, o que ocasiona perda da autonomia do idoso. Intervenções cognitivas para a realização de exercícios mentais e o aprendizado de estratégias cognitivas têm o potencial de melhorar ou, pelo menos, preservar o funcionamento de determinado domínio no qual mecanismos cognitivos específicos são treinados em tarefas padronizadas, consistindo em uma maneira direta e experimentalmente controlada de investigar o grau de plasticidade no funcionamento intelectual durante o envelhecimento.

           Os principais efeitos das terapias cognitivas consistem em efeitos de aprendizagem, aumento de desempenho nas habilidades, além de retardar o declínio mental observado em quadros demenciais. O treino cognitivo consiste num conjunto de tarefas padronizadas que visa melhorar a função mental como raciocínio, memória, resolução de problemas, velocidade de processamento através do formato unimodal (uma única tarefa) ou multimodal( várias tarefas).

           Não existe uma técnica de treino genérica que atinja todos os sistemas de memória, entretanto existem técnicas que melhoram certos tipos de memória. Os treinos podem incluir apenas uma determinada tarefa de memória com ênfase em uma estratégia particular. O treino pode ocorrer tanto individualmente quanto em grupo.

          O treino de memória aparece como uma possibilidade de compensação dos déficits cognitivos, embora estudos discordem acerca dos mecanismos que possibilitem essa melhora. O treino permite modificações em habilidades como, por exemplo, aumento na velocidade do processamento ou foco atencional, fatores que podem estar associados ao prejuízo mnemônico. Outros defendem que o treino permite ativar habilidades em desuso, o que possibilita ao indivíduo se aproximar do seu desempenho máximo.

          Diversos fatores influenciam na melhora após o treino, como características pessoais e/ou psicológicas, tais quais: idade, habilidade verbal, status mental e cognitivo, velocidade do processamento, características pessoais, escolaridade e ocupação. O tipo de treino, o tempo de duração e como ele é realizado, uma vez que pode ser individual ou grupal, também influenciam nos resultados. Estudos apontam que o treino pode melhorar tanto a memória objetiva, quanto a memória subjetiva.


FONTES: OLCHIK M.R. et al, 2012